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Vinho do Porto
O Vinho do Porto pode ser envelhecido nas caves de Vila Nova de Gaia ou no Douro. O envelhecimento é orientado de forma diferente, consoante o tipo de vinho pretendido. Surgem vinhos com perfis marcadamente distintos Branco, Ruby, Tawny e Rosé, mas todos com as marcas características do Vinho do Porto: um aroma rico e intenso, um travo prolongado e macio e um teor elevado de álcool.
Apesar de ser muitas vezes consumido em ocasiões especiais, não há razão para fazer cerimónia ao beber Vinho do Porto. Deve beber-se sempre que houver vontade. Provar os sabores e aromas e descobrir as muitas e diferentes formas de o desfrutar. A essência do Vinho do Porto reside nos bons momentos de uma boa refeição, de um bom vinho, de uma boa companhia…
Uma enorme diversidade de tipos, conferem-lhe a singularidade de se adaptar a todas as ocasiões.
in Instituto dos Vinhos do Douro e Porto
O Sável
O Sável é um peixe oriundo das nossas costas marítimas e só desovam em março, abril e maio em águas doces.
Descem os rios nas primeiras águas de inverno até à foz do rio Douro, e os pescadores podem apanhá-los no leito do rio em cardumes.
A captura deste peixe faz-se com rede e proporciona ementas gastronómicas muito saborosas como Sável de Escabeche, Sável Frito, Sável dos pescadores e Ovas de Sável.
In Dr. Abel Barros | Diretor da Biblioteca Municipal de Gaia
Broa de Avintes
São os padeiros(as) heróis de uma história que já remonta há séculos.
Eu, D. Dinis, que vivi entre 1261 e 1324 decreto: "Como são frequentes os incêndios na cidade do Porto e muitos deles acontecem em padarias, estas devem afastar-se da cidade, de modo a
reduzi los. Devem passar para a outra margem, para Avintes, já que os padeiros, que utilizam o milho como principal produto, mandam no moer junto ao Rio Febros (afluente do Douro) pois aí se situam grande número de moinhos de milho.” Foi cumprida a ordem e a partir daí surgiu a Broa de Avintes.
Pão de mistura de farinha de milho e de centeio, de cor escura, com a particularidade de ser um pouco húmido, quase sem côdea e com um gosto muito característico. À saída do forno é coberta por fina camada de farinha, conserva-se muito bem durante vários dias, sendo esta uma das suas principais características, para além do sabor muito especial.
Em 12 de Dezembro de 1821, diz-se "…pão santo e bendito, símbolo da paz, pioneiro da alegria, apóstolo do amor, criador e fomentador de civilizações”.
Os padeiros(as) de Avintes constituem um ex libris, são seiva de uma indústria artesanal secular, que devemos manter, preservar e divulgar.
In Paulo Sá Machado Borunário Mor/ Presidente da Confraria da Broa de Avintes
Pão doce de romaria – "Velhotes”
Os "Velhotes” remontam aos finais do século XIX. Tiveram a sua origem em Valadares, trazidos por uma família de Braga, chegando aos nossos dias
É um pão doce, típico e incontornável da gastronomia gaiense que está sempre ligado às festas da freguesia, não podendo delas estar dissociado, com um nome que desperta a curiosidade de muita gente, mas que não existe explicação para a sua designação. Durante décadas, este pão doce era exclusivamente vendido, uma vez por ano e num único local, por altura das Festas em honra de Nosso Senhor dos Aflitos. Atualmente, os "Velhotes” vendem-se quase todos os dias, em especial aos fins de semana, em muitos locais de Valadares e noutras freguesias.
Doce com um sabor caraterístico e inigualável, conferido pelos seus ingredientes, vendido em pás ou pastas, contendo quatro Velhotes, os quais devem ser "soltos” à mão e saboreados com um cálice de vinho do Porto ou uma qualquer bebida quente.
É um doce a preservar, promover e divulgar como produto de excelência do concelho de Vila Nova de Gaia.
in Armindo Costa | Chanceler da Confraria Gastronómica dos Velhotes