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Fogo Fogo e DJ Pedro Tabuada
Eventos 30 Jul 2022 Fogo Fogo e DJ Pedro Tabuada Jardim do Morro
Imagem do evento
O ciclo Música no Jardim do Morro '22 encerra no próximo dia 30 de julho com a participação do DJ Pedro Tabuada, às 18h30 e dos Fogo Fogo, às 21h30.
Ao longo do mês de julho, o Jardim do Morro foi o palco mais bonito do mundo, por onde passaram nomes como Carlão, Samba sem Fronteiras, Pequeno David e os Sem Soninho e Linda Martini.

Fogo Fogo
O berço que vê nascer Fogo Fogo é vibrante e especial: é uma Lisboa onde cabe toda a África, sobretudo a que fala português, tanto a do futuro como a do passado. Um lugar onde ainda é possível encontrar as obscuras pérolas de edição de autor que a diáspora de Cabo Verde gravou e que o mundo nunca ouviu. Essa é a Lisboa que, qual vulcão, expeliu Fogo Fogo. 
O projeto de Francisco Rebelo (baixo), João Gomes (teclas), Edu Mundo (bateria), Danilo Lopes (vozes/guitarra) e David Pessoa (vozes/guitarra) representa a força experiente e enérgica destes músicos que há muito nos habituaram por esses palcos fora. Os cinco juntos somam quase 120 anos de carreira. Cada um deles é dono de um talento imenso, consolidado pela experiência de anos em alguns dos maiores palcos do mundo.  
Fladu Fla (2021, Rastilho Records) é o primeiro disco de originais de Fogo Fogo, depois de editados três EP’s: Dia Não (2019), Nha Cutelo (2018) e Fogo Fogo (2015).  
Em março 2020, a poucos dias do início da pandemia, Fogo Fogo terminam a gravação do álbum, contando com a presença de Jon Luz no cavaquinho, Djair e Zé Mário nas percussões e, na co-produção e mistura, do brasileiro Kassin e do norte americano Victor Rice. 
A capa do álbum é do artista visual Vhils. 
Fladu Fla, composto por oito temas originais e mais outros dois escolhidos do cancioneiro de funaná, sugere-nos um olhar telúrico e de protesto através de alguns costumes e expressões cabo-verdianas. É o caso da canção que dá nome ao disco e que aborda o costume da maledicência e da perpetuação do boato, da notícia sensacionalista pouco fundamentada.  Encontram-se, igualmente, temas mais leves ou sentimentais no repertório, envolto de muito movimento, psicadelismo, dança, calor e amor. 
Nástio Mosquito, poeta, artista plástico, ator e músico angolano descreve Fogo Fogo como "Mais uma celebração da cultura do baile, do quintal, do clube e dos exageros familiares da carne e do coração (…) Testemunhar a poeira que a banda gera (…) é algo que se inspira, e inspira. Oiço Fogo Fogo e não penso em multiculturalismo. Oiço Fogo-Fogo e sinto que eles me pertencem. Presenciar Fogo Fogo alimenta partes em nós que se revelam famintas de troca humana. É suor-perfume que nos lembra que ter vontade por vezes basta.”

30 de julho, 18h30, DJ Pedro Tabuada
30 de julho, 21h30, Fogo Fogo

Entrada gratuita