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20 Ago 2020
Inauguração do novo Serviço de Internamento do Hospital de Gaia
Cerimónia foi presidida pelo primeiro-ministro, António Costa
O dia 20 de agosto foi verdadeiramente marcante para toda a equipa que dá corpo ao Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNGE). Numa cerimónia «apadrinhada» pelo primeiro-ministro, António Costa, e pela ministra da Saúde, Marta Temido, foi inaugurado o novo serviço de internamento de uma entidade que aproveitou o momento para homenagear todos os profissionais que, ao longo dos últimos meses, têm sido incansáveis no combate à pandemia de covid-19. A visita incluiu, ainda uma análise aos investimentos em curso, em arranque e em conclusão.
Num investimento de 13 milhões de euros em infraestruturas e dois milhões de euros em equipamentos (dos quais três milhões são comparticipação municipal), a conclusão da Fase B da obra irá dotar o CHVNGE de um novo internamento (agora inaugurado) e uma ampliada e renovada urgência (em fase de conclusão). Este momento assinalou, ainda, o arranque da nova unidade de cuidados intensivos (cuja conclusão está prevista para novembro deste ano), orçada em 3,3 milhões de euros e a conclusão de uma nova área do serviço de imagiologia, recentemente equipado com uma sala telecomandada, que dispõe de equipamentos de diagnóstico e intervenção, no valor de 700 mil euros. Estas empreitadas integram o Plano de Reabilitação Integrado, no valor de cerca de 86 milhões de euros divididos em três fases de intervenção.
Aproveitando este momento que marca, também, o arranque de uma nova fase para o hospital, António Costa deixou uma saudação muito especial a uma plateia repleta de profissionais de saúde: "obrigado pelo trabalho que têm desenvolvido ao longo da carreira, mas, sobretudo, pela prova a que têm sido submetidos com uma enorme exigência ao longo dos últimos meses. É particularmente emocionante ouvir os relatos concretos de como foi possível em semanas, dias e, às vezes, horas, reinventar estruturas hospitalares, reinventar profissionais, equipamentos – muitos deles que nem existiam e onde, de repente, era imprescindível que eles tivessem de existir”.
Para Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, o cumprimento de todas as etapas de reestruturação do Hospital de Gaia, com a concretização de todos os compromissos assumidos, vai transformá-lo num "equipamento de vanguarda que a cidade, as pessoas e os seus profissionais merecem”, afirmou, deixando uma palavra de especial agradecimento ao conselho de administração que, apesar do curto período de gestão, tem feito um trabalho ímpar. "Nós não precisamos da covid para descobrir o Serviço Nacional de Saúde e para valorizar o nosso hospital. Ainda lembramos as críticas pelo protocolo de cofinanciamento que a Câmara de Gaia assumiu com o Governo sobre o hospital. Por isso, temos um orgulho especial em estar aqui, porque temos um passado. Apesar das debilidades infraestruturais, o Hospital de Gaia tem feito um trabalho de excelência, mesmo sem o mediatismo de outros”. Eduardo Vítor Rodrigues lembrou, ainda, o trabalho de parceria entre a autarquia e o hospital que tem sido desenvolvido nos últimos meses. "Num concelho com 59 lares de idosos, só foi possível manter a estabilidade graças ao trabalho em rede, que envolveu as IPSS, o Hospital, os delegados de saúde, entre outros”. O autarca deixou, por fim, o compromisso de, com este trabalho em equipa, continuar a contribuir para o sucesso do país, trabalhando por antecipação e prevenção, como tem sido feito até agora.
Por sua vez, Marta Temido aproveitou a sua intervenção para anunciar que o plano dedicado à infraestruturação do setor de Medicina Intensiva vai ser reforçado até ao final do ano em 26 milhões de euros. "Vamos completar o programa vertical de aquisição de ventiladores de 60 milhões de euros com um programa de 26 milhões de euros para reinfraestruturação dos hospitais para a garantia de rentabilização destes equipamentos para garantir que tiramos deles o seu maior proveito”, afirmou a ministra.
A visita terminou no mural de homenagem aos profissionais de saúde, um trabalho realizado por Guel (Miguel Mazeda), que é pontuado com um poema de João Luís Barreto Guimarães, poeta premiado e cirurgião do Hospital de Gaia. Recorde-se, ainda, que durante a pandemia da covid-19, o CHVNGE chegou a ter 60 camas dedicadas a cuidados intensivos, tendo precisado, em simultâneo, "apenas” de 24. Até à data, esta equipa já realizou 50 mil testes, tendo capacidade para fazer cerca de 5 mil por dia.