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17 Fev 2023
População será ouvida sobre o futuro do aterro
Parque verde, incubadora ou equipamento social podem nascer em Sermonde
Com o encerramento definitivo do aterro de Sermonde marcado para 2024, a Câmara Municipal e a Suldouro estão já a trabalhar no futuro daquele espaço. A solução passará não só pela criação de um parque verde – num investimento de 3,9 milhões da empresa de tratamento de resíduos sólidos –, mas também pela localização, naquele espaço, de alguns equipamentos para a população.
"Temos de começar a trabalhar para garantir que temos um projeto que corresponda aos desígnios da população”, defendeu o presidente da autarquia, destacando que o primeiro passo será "mobilizar a comunidade como um todo para, até julho, auscultar os seus desejos quanto aos fins que este espaço pode vir a ter”. Ao Município, salientou Eduardo Vítor Rodrigues, caberá "induzir a discussão pública, montar um projeto ambicioso, procurar recursos financeiros para consomar os objetivos e, finalmente, disponibilizar aos munícipes informação sobre a quantidade de resíduos produzida em Gaia anualmente”, demonstrando, assim, a pegada ecológica de cada família, num trabalho de mudança de mentalidades que é de todos.
Na apresentação do projeto do parque ambiental e da selagem do aterro sanitário de Sermonde, o presidente da Câmara Municipal traçou algumas possibilidades para o espaço: "Há muitos fins, quase tudo ali é possível”, defendeu, acrescentando: "O ideal é que possamos ter ali um conjunto de respostas para ajudar a freguesia e uma componente de interatividade com a população”. Entre as possibilidades, destacam-se um centro de incubação empresarial gerido pela Inovagaia, uma zona de fruição e convívio com equipamentos de lazer e desportivos, num modelo de parque da cidade, e uma infraestrutura social intergeracional, numa lógica de centro de dia e apoio domiciliário.
Na mesma cerimónia, o administrador-delegado da Suldouro, adiantou que a Suldouro vai proceder, durante 2024, ao encerramento definitivo do aterro, estando previsto o arranque dos trabalhos para 1 de janeiro do próximo ano. José Coelho descreveu que o investimento de 3,9 milhões de euros prevê, entre outras operações, a conclusão da instalação do sistema de impermeabilização da selagem e cobertura final e a construção de um parque de estacionamento e o enquadramento paisagístico do aterro, onde a deposição de resíduos terminou em junho de 2021.