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01 Ago 2024
Visita aos trabalhos de construção de novas casas na Madalena
Foi também formalizada a aquisição futura de 318 fogos
Junto ao Jardim do Tempo, na Madalena, está em curso a construção de dois edifícios multifamiliares com 36 frações no total, no âmbito do Programa de Apoio ao Acesso à Habitação (1.º Direito), nomeadamente o resultado do 1.º edital lançado (num investimento de cerca de 9 milhões de euros). "Com o 1.º edital, não quisemos apenas fazer habitação. Quisemos construir cidade. Estamos num sítio absolutamente digno, onde o espaço público está adjacente a um conjunto de edifícios, a equipamentos desportivos, de serviços e de saúde. Portanto, é uma nova forma de poder disponibilizar habitação pública para arrendamento acessível”, começou por explicar António Miguel Castro, presidente do Conselho de Administração da Gaiurb, não esquecendo de referir que estas construções estão a respeitar os padrões mais adequados do ponto de vista da eficiência energética.
Durante a visita às obras no terreno pelo executivo municipal, a 31 de julho, foi, ainda, formalizada a aquisição de 318 fogos, num investimento de 63 milhões de euros no âmbito da Estratégia Local de Habitação em Vila Nova de Gaia. "É no mínimo digno de registo que aquilo que estamos agora a materializar é um passo muito importante na construção do nosso futuro”, referiu António Miguel Castro.
Tendo consciência de que a habitação e a construção não andam ao ritmo das necessidades das pessoas, o Município de Gaia há muito que começou a materializar um conjunto de políticas complementares, nomeadamente o Programa de Apoio ao Arrendamento (desde 2017), o Arrendamento Acessível (desde 2022), o Arrendamento Acessível Jovem, as Residências Seniores Partilhadas e, mais recentemente, um projeto num modelo cooperativo que está a ser desenvolvido com o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU). São exemplos transmitidos por António Miguel Castro para quem os tempos atuais são exigentes "do ponto de vista da resposta que precisamos de dar”. "Este não é um momento contemplativo. É um momento em que estamos a demonstrar o nosso nível de exigência, de serviço público e a nossa forma de agir”, concluiu.
Eduardo Vítor Rodrigues, por sua vez, não escondeu o orgulho que sente por este momento. "Hoje chegamos a uma meta. Temos outras para alcançar. Vamos tentar, todos juntos, dar corpo a um modelo de habitação que permita acrescentar algo do ponto de vista organizacional e estou certo de que, com esta alavanca, vamos ter, quer do lado do Governo, como do Município e dos privados, uma nova motivação para continuarmos a avançar”, afirmou Eduardo Vítor Rodrigues.
Além da verba já dedicada para a habitação, o presidente da Câmara Municipal de Gaia partilhou outra estratégia: "vamos avançar já em setembro com novos modelos de financiamento que passam pela outorga de empréstimos bancários que visam adquirir habitação. De repente, o Município vai ter no seu património 143 milhões de euros de habitação. Dinheiro que vem a fundo perdido. Sem gastar um cêntimo, apenas por nos termos candidatado com um projeto credível, vamos ter 143 milhões de euros de habitação para arrendamento. Não há memória de alguma vez termos tido um encaixe de património desta envergadura”, afiançou.
No terceiro maior município do país, a complexidade das exigências habitacionais impõe uma abordagem multifacetada para garantir que os cidadãos tenham acesso a habitação digna e acessível. Vila Nova de Gaia tem demonstrado uma notável capacidade de adaptação, ao transitar de uma política habitacional tradicional, assente num modelo de resposta única, para um modelo mais diversificado e inclusivo, respondendo de forma mais eficaz às diferentes necessidades da população.